quarta-feira, 15 de outubro de 2008

TERMINOU A PRIMEIRA SEMANA DE ESTÁGIO

A primeira semana de estágio foi mais tranqüila do que eu esperava. Superou minhas expectativas. Não foi às mil maravilhas, mas estamos caminhando com sossego (na medida do possível). Aos poucos, as crianças estão entrando no ritmo, ou seja, estão mais disciplinadas, cuidadosas com os colegas e respeitando os momentos da aula.
Na sexta-feira (dia 10/10), organizamos um show de talentos e uma gincana junto com as outras turmas. As crianças se envolveram e gostaram bastante. Com muitos brindes e animação, foi uma tarde agitadíssima.Estou muito feliz em estar participando desse momento e promovendo uma transformação (pouca, mas significativa) naquele ambiente. Espero que nesta próxima semana as coisas sejam bem melhores...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

REFLEXÃO: O PAPEL DAS ESTAGIÁRIAS E DA PROFESSORA REGENTE

Segundo dia de estágio e uma reflexão: Qual o nosso papel e o papel da professora regente nesse período? Sei que, como regente, a professora não pode e nem deve se ausentar no período de estágio. Mas, ao ficar na escola, como ela deve se comportar no período de estágio?
Tudo bem que há uma preocupação com o comportamento dos alunos, porque, ao que parece, o objetivo de algumas pessoas é que eles não nos “atrapalhem”. Aí nessas horas eu penso que numa sala de aula normal sempre haverá indisciplina, de uma forma ou de outra. Na nossa vida profissional iremos nos deparar com a indisciplina constantemente e o momento de estágio é para isso mesmo.
Por mais que eu nunca tivesse passado por uma sala de aula não ia querer que tirassem de lá certo aluno porque é indisciplinado – à menos que tivesse acontecendo algum problema que não pudesse ser resolvido naquele ambiente. É verdade que preocupação é bom. Mas, em excesso, é prejudicial.
Cada um deve assumir a sua função e respeitar o espaço do outro. Não encaro nem nunca encarei o estágio como brincadeira, é uma causa que estou abraçando e gostaria que meu trabalho fosse devidamente respeitado.
Como todo período de adaptação, as crianças ainda estão se acostumando com um novo ritmo de trabalho e, por outro lado, também estamos nos adaptando ao novo ambiente e às crianças. É injustificável o fato de outra pessoa entrar na nossa sala de aula e dizer o que as crianças devem ou não fazer – a não ser que fosse algo que solicitássemos ou numa emergência.
Espero que as coisas, com um tempo, se encaixem para que tudo dê certo. Porque não há como planejar tendo interferência de terceiros. Assim, o planejamento seria dispensável e descartável.

As coisas precisam fazer sentido: as palavras, as ações... o estágio.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

E assim começa meu estágio...

Hoje, dia 07 de Outubro de 2008, foi o meu primeiro dia de estágio. Muito corrido, mas organizado.
As crianças estavam bastante agitadas, mas não como no dia do diagnóstico. Digamos que não foi tão ruim como imaginávamos que seria.
Iniciamos com uma rodinha e conversa informal sobre vários assuntos. Nesse momento, um fator que chamou a atenção foi a comparação que um dos alunos fez entre as estagiárias e a professora regente. Esse aluno disse que não precisava mais se comportar como quando está com a professora porque nós somos estagiárias. Na oportunidade, expliquei que não era bem por aí, que, na verdade, somos professoras como a outra e eles nos devem o mesmo respeito, porque estamos substituindo-a e nos comportamos da mesma forma que sua professora. Na mesma hora ele compreendeu o exposto e se comportou como o habitual. Além da rodinha, dançamos, cantamos e as atividades foram relacionadas à música trabalhada.
Conseguimos desenvolver as atividades com um pouco mais de tranqüilidade do que na aplicação do diagnóstico, mas, depois do lanche, eles ficaram mais agitados, principalmente antes da atividade. Assim, para chamar a atenção das crianças, tivemos que organizar as atividades com bastante dinamismo e eficiência para que elas se concentrassem e chegassem até o fim da atividade programada.
Uma novidade despertou o interesse das crianças: o caderno novo. Levamos um caderno de desenho para as atividades e eles se sentiram mais motivados na realização da mesma. Levamos também pirulitos e eles ficaram muito felizes com a surpresa.
Espero que amanhã seja ainda mais tranqüilo, porque nada como uma sala de aula sossegada, aquela “velha” “bagunça organizada”, para manter um ambiente saudável, enriquecedor e favorável ao processo de ensino-aprendizagem.

RECONHECIMENTO DO ESPAÇO ESCOLAR E DOS DISCENTES

Visando o reconhecimento do espaço escolar e dos educandos da escola-campo, de 08 a 12 de Setembro de 2008 fizemos a observação e aplicação do diagnóstico nas nossas respectivas salas de aula.
A escola é espaçosa para a quantidade de alunos que atende. O lugar que mais nos chamou atenção foi o auditório, que é o local onde todos se reúnem em eventos e momentos de confraternização. Apesar de ter muitos alunos com necessidades educacionais especiais (13), oferece um ambiente muito tranqüilo e organizado. Além disso, dispõe de muitos recursos, o que facilita o trabalho da equipe.
Já a sala de aula na qual vamos atuar, é o contrário do perfil geral da escola no aspecto de tranqüilidade, isto é, por ter um número muito grande de alunos (são 29 alunos de 6 anos de idade) é uma sala muito agitada e indisciplinada. Este fato nos assustou muito e, com a aplicação do diagnóstico, percebemos que, por conta da indisciplina, a maioria das crianças ainda não sabe ler nem escrever. Os alunos da nossa futura turma não param para ouvir, nem prestam atenção à quase nada que acontece dentro da sala de aula.
Depois do período de observação, eu e minha parceira de estágio (Gabriela) chegamos a conclusão que não tem como trabalharmos com certos tipos de texto no período de estágio, uma vez que as crianças não param nem para ouvir a própria professora. Assim, trabalharemos com leitura e escrita em músicas, brincadeiras, jogos e artes, porque percebemos que são áreas que chamam muito a atenção dos alunos da nossa futura turma.

Espero que, desta forma, a gente consiga desenvolver as atividades com sucesso, uma vez que ficamos um tanto quanto assustadas no dia da aplicação do diagnóstico por conta da indisciplina e dificuldades de aprendizagem encontradas na sala de aula.



Primeira reunião na escola-campo

Conscientes da importância da comunicação na organização dos trabalhos para o bom andamento das atividades escolares (e do estágio), no dia 05 de Setembro, às 16 horas, nos reunimos na escola-campo a fim de estabelecer um primeiro contato com a equipe docente, coordenação e direção. Na oportunidade, a orientadora do estágio, profª Edjane Freitas, apresentou o cronograma de estágio, nossos objetivos e se colocou à disposição da escola para o que viesse acontecer.
Em seguida, nós, estagiários, nos apresentamos e comentamos sobre a importância do estágio e as nossas expectativas em relação a esse período.
A equipe docente da escola-campo expôs a realidade da escola, suas especificidades e as características gerais de cada turma. Uma vez que a escola já vem trabalhando com tipos de texto desde o início do ano letivo, sugeriram que o nosso projeto fosse voltado para leitura e escrita.A reunião foi muito proveitosa, porque tivemos a oportunidade de conhecer um pouco o universo da escola-campo.

COMENTÁRIO DO TEXTO DE PIMENTA E LIMA

POR QUE O ESTÁGIO PARA QUEM JÁ EXERCE O MAGISTÉRIO: UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTÍNUA (Selma G. Pimenta e Maria Socorro L. Lima)



“Somos sempre aprendizes da profissão e estagiários da vida.” (Alves Franco)


O texto de Pimenta e Lima nos remete a uma profunda reflexão acerca da importância do estágio. Apesar dos contratempos advindos com o período de estágio no nosso curso, defendo essa prática e concordo com as questões abordadas no texto.
Infelizmente, nos encontramos mergulhados num mar de atividades de final de curso que, devido à nossa péssima grade curricular, faz com que muitas pessoas sejam contrárias ao estágio. Isto é, o fato de não concordar com o estágio, muitas vezes não está ligado a ter ou não ter prática em sala de aula, mas sim, de estarmos tão cheios de atividades que mal podemos nos dedicar a algo tão importante.
Porém, não podemos perder de vista a extrema importância de estagiar para refletir acerca da nossa prática docente. Essa reflexão pode até já ser feita todos os dias, mas, no período de estágio, ela é realizada em conjunto e relacionando-a com a teoria, através da formação contínua, da ressignificação de nossos saberes docentes e de produção de conhecimento.
O momento de estágio é caracterizado pela sua profunda relação entre teoria e prática, onde, na realidade, a prática irá conduzir a teoria porque as questões discutidas serão aquelas que partem das nossas vivências em sala de aula.
Nossa prática nunca é suficiente, sempre precisamos saber mais, devemos ter sempre a sede pelo saber. Não só a reflexão, mas também a busca e descoberta de novas metodologias podem ser realizadas no período de estágio.

Desta forma, o estágio tem que ser um período de discussões e de lições, de descobrimento de novos caminhos para que então possamos construir novas metodologias, de modo a favorecer sempre os melhores resultados possíveis no processo de ensino-aprendizagem de nossos alunos.


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Uma breve história da minha vida


Nasci em Salvador, mas aos 2 anos de idade fui morar em Jaguaquara onde iniciei a minha vida escolar. Voltei para Salvador aos 6 anos e lá estudei em outras duas escolas. Em 1996 vim morar em Jequié onde dei continuidade aos meus estudos no Colégio Social (5ª série ao 1º ano do ensino médio) e no Polivalente.



Em 2004 prestei vestibular apenas na UESB para Pedagogia. Estava decidida quanto à minha escolha e, antes mesmo de fazer as provas do vestibular, já estava envolvida em várias atividades acadêmicas.



A escolha pelo Curso de Pedagogia se deu por conta da minha afinidade com a área educacional e, ao mesmo tempo, por uma indignação diante da postura e do descompromisso de alguns profissionais que, infelizmente, insistem em desvalorizar a nossa classe.



Minha trajetória no curso foi meio instável, porque adiantei várias disciplinas com outras turmas e, no final, tive que transferir para o turno da noite (por causa do meu trabalho) e esperar mais um semestre para me formar.



Professores maravilhosos que passaram pela minha vida, colegas com os quais vivi momentos muito marcantes e particulares e aulas-show (como assim chamávamos) que nos faziam viajar no tempo e dar um belo mergulho no conhecimento... tudo isso jamais será esquecido.



Como nem tudo são flores, na minha trajetória pela UESB também tiveram maus momentos, como os dias e até meses de greves que jamais serão esquecidos, pois se por um lado foram usados para benefício de uns, por outro trouxeram alguns pontos negativos como os vários calendários especiais acompanhados por muitas disciplinas condensadas, as aulas não dadas e, o que é pior, o atraso da minha data de formatura.


Enfim, toda a minha trajetória escolar/acadêmica foi repleta de momentos turbulentos e de constantes mudanças. Entretanto, foram esses momentos que mais contribuíram para as minhas escolhas e formação profissional. Tenho orgulho de dizer que sou estudante do curso de Pedagogia da UESB e educadora.